A Revista Forbes publicou há poucos dias que Jeff Bezos é o homem mais rico do mundo. O fundador e diretor executivo da Amazon atingiu o patrimônio líquido de US$ 200 bilhões, segundo a publicação norte-americana. Até aí tudo bem. O que a mídia esquece de ressaltar, entretanto, é a história do muçulmano Mansa Musa, décimo governante do Império de Mali, que teria juntado uma fortuna muito maior do que a de Jeff Bezos.
De acordo com muitos historiadores, Musa teria acumulado, na moeda atual, o equivalente a US$ 400 bilhões. “Os relatos contemporâneos sobre a riqueza de Musa são tão impressionantes que é quase impossível ter uma noção de quão rico e poderoso ele realmente era”, analisou Rudolph Butch Ware, historiador da África Ocidental na Universidade da California, durante entrevista à BBC. Assim, o bilionário rei muçulmano precisa estar no topo de qualquer lista monetária.
Mansa Musa, que nasceu em 1280, herdou o trono de Mali em 1312. Naquela época, o local contava com mais de 3,2 mil quilômetros e países como Costa do Marfim, Senegal, Gâmbia e Burkina Faso faziam parte do império africano. Sob o comando de Musa, porém, Mali se estendeu por várias regiões vizinhas e se tornou maior e mais próspero.
MAIOR QUE JEFF BEZOS OU BILL GATES
As terras eram repletas de recursos naturais abundantes, principalmente, ouro e sal – que também contribuíram significativamente para a riqueza do líder muçulmano. Para se ter ideia, cerca de 25 cidades foram anexadas ao seu reino. A principal era Tombucto, antigo centro de aprendizado e escambo, onde Mansa construiu seu palácio, uma mesquita e uma universidade — as duas últimas estão em pé até hoje.
Mansa Musa ficou muito mais conhecido durante a famosa peregrinação que fez a Meca, também conhecida como Hajj, que se tornou um dos pilares do Islã. Não foi como qualquer outra viagem já testemunhada. Musa literalmente pavimentou com ouro seu caminho para a Meca, Arábia Saudita, e colocou definitivamente seu reino no mapa. Durante a jornada, que contou com milhares e milhares de acompanhantes e servos, Musa construiu uma mesquita todas as sextas-feiras e distribuiu muito ouro. Ele ficou famoso por sua generosidade e bondade.
A história conta que Musa doou terras, casas e riquezas aos descendentes do Profeta Muhammad, que encontrou durante a peregrinação para Meca. Alguns, principalmente artistas e acadêmicos, ele levou junto, no retorno, para ajudar a desenvolver o império de Mali. Por isso, ao falecer aos 57 anos, em 1337, o líder negro muçulmano não deixou somente um legado financeiro, mas também a importância do intercâmbio cultural durante suas viagens.
É verdade: Jeff Bezos é o único bilionário que acumula US$ 200 bilhões nos dias atuais, porém, o executivo da Amazon não tem de forma alguma um patrimônio maior do que o lendário líder do Mali, o verdadeiro homem mais rico do mundo. Eventos da história não podem ser substituídos com tanta facilidade.
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